segunda-feira, setembro 08, 2008

O Brasil que queremos ser.

A revista Veja reuniu 500 personalidades da política, da economia e da cultura para pensar o país no seminário “O Brasil que queremos ser”. O debate deu origem a várias idéias, leia alguma delas:
  • CRIAÇÃO DE CURRÍCULOS OBRIGATÓRIOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Um ponto em comum entre os dez países de maior sucesso educacional, social e material do mundo é a existência de um currículo obrigatório na educação básica. Sem um currículo com metas acadêmicas bem definidas, nenhum país progride. Na maior parte do brasil não há esse currículo.
  • INVESTIMENTO NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E DE QUEM FORMA OS PROFESSORES
A cadeia do ensino tradicional tem alunos, professores, diretores e pedagogos. Falta uma categoria: a dos profissionais que ensinam os professores como ensinar. Apenas 20% das disciplinas nas faculdades de pedagogia se dedicam às metodologias de ensino.
  • DOBRAR O SANEAMENTO BÁSICO EM DEZ ANOS
Menos de 50% dos domicílios brasileiros são ligados à rede de esgotos. Destes, apenas 35% recebem tratamento. O restante é despejado diretamente em rios, córregos e lagos. O Brasil ainda é africano nessa área.
  • APLICAR A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL AO GOVERNO FEDERAL
Essa lei revolucionou o controle de contas públicas. Com ela, os estados e municípios foram obrigados a reduzir sua necessidade de financiamento em 20% desde 2001. Imune a ela, a União fez o movimento inverso e aumentou seu déficit em 79% no mesmo período.
  • POUPAR OS DÓLARES DO PETRÓLEO
A humanidade vai um dia encontrar um substituto para esse líquido escuro e pegajoso. Enquanto isso não ocorre, é curcial utilizar a reservas com sabedoria. Se todo o potencial dos depósitos de petróleo na chamada camada pré-sal do litoral brasileiro for confirmado, o Brasil pode vir a se transformar em um grande exportador de petróleo. O que fazer com os dólares obtidos? A opção mais racional é o depósito dos lucros do petróleo em um fundo externo, gastando-se apenas parte dos rendimentos. Isso preservaria a riqueza para as gerações futuras e impediria pressões cambiais e inflacionárias desestabilizadoras.
  • ACABAR COM A LEI DE IMPRENSA
A lei de imprensa foi aprovada em plena ditadura militar. Seu objetivo era intimidar jornalistas e os meios de comunicãção. Numa democracia, uma lei desta não faz sentido. Há dispositivos suficientes na Constituição e nos códigos Civil e Penal para coibir abusos nos jornais e revistas. Isso daria segurança jurídica aos jornalistas e às empresas que mantêm um dos pilares da democracia: a liberdade de informação.
  • INSERIR OS POBRES NO MERCADO DE TRABALHO
A melhor coisa que programas assistencialistas podem fazer por um miserável é transformá-lo num trabalhador capaz de prover as próprias necessidades. Dar qualificação a quem nunca a teve, ou criar programas de microcrédito, que transformam excluídos em pequenos empreendedores, é mais que um paliativo. É uma cura real da pobreza.
  • SUPERPREFEITOS PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS
Os prefeitos das cidades que fazem parte de uma regiâo metropolitana são como condôminos que jamais se reúnem para discutir os problemas do prédio onde moram. São Paulo é um exemplo dramático. a prefeitura não consegue limpar o Tietê porque Guarulhos não tem rede de esgoto tratado e despeja imundície no rio. Um superprefeito seria como um sindíco eficiente. Com perfil técnico, poderia coordenar o uso da água, o saneamento, o destino do lixo, a unificação entre os transporte entre as cidades.

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