quinta-feira, fevereiro 26, 2009

A Internet está nos deixando burros?

Em artigo de Ivolethe Duarte e Nara Damante publicado na revista “Ser Medico”, foi abordado se a navegação rápida na internet por meio dos buscadores, principalmente o da GOOGLE, estaria alterando o funcionamento do cérebro humano, por não deixar as informações adquiridas pelo uso dessas ferramentas fixarem um raciocínio complexo. Leia um resumo do texto abaixo.
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Gary Small, neurocientista, afirma que “a maleabilidade é própria da dinâmica do cérebro humano no processo evolutivo”.

O psiquiatra Jorge Alberto da Costa e Silva, também destaca que “O cérebro ainda é o único órgão do corpo humano que ainda não concluiu a evolução. O cérebro é um sistema em evolução que abriga a consciência e a autoconsciência. Esta vida psíquica consciente é que nos faz buscar o nosso papel dentro dele e nos colocar em sintonia com o movimento evolutivo”.

Dessa forma, o processo rápido de apreensão de informação seria nocivo ao raciocínio complexo?

O Google esta nos tornando idiotas?

Quem pergunta é Nicholas Carr em artigo da revista The Atlantic. Ele acredita que a forma de receber e processar conteúdos estão transformando o cérebro humano “em massa de panqueca”, plana e esticada por informações, mas sem nenhuma profundidade. Carr diz que a informação de forma rápida e fracionada é “ameaça potencial a redução da capacidade de concentração, reflexão e contemplação”.

Carr tem razão, mas só em parte, afirma o neurocientista Ivan Izquierdo. Ivan diz que podemos nos acostumar com respostas pré-digeridas na internet, mas também temos acesso aos sites de buscas de toda a bibliografia cientifica do mundo. Izquierdo conclui: “Nunca foi tão grande a possibilidade de acessar essa informação como agora. E privilegio de cada um ir a esses artigos completos e lê-los, ou não”.

Gary Small arrisca que “a tecnologia pode acelerar o processo de aprendizagem, o lado negativo e que há pessoas viciadas em internet estão colaborando com o aumento dramático do diagnostico de Déficit de Atenção”.
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Discussões a parte, toda informação adquirida é bem vinda. Aprender nunca é demais, mesmo que esse aprendizado seja diminuto.

É melhor saber pouco sobre determinado assunto, ou não saber nada sobre ele?

2 comentários:

Anônimo disse...

Sobre este assunto, é preciso considerar que,no passado, sem os Google da vida, por exemplo, milhares de pessoas ficavam à margem dos acontecimentos da sociedade. Por preguiça, falta de interesse cultural ... e até de grana pra comprar livros, jornais e revistas. Portanto, tem que se levar em conta também este aspecto positivo da internet: a oportunidade cultural que tal veículo trouxe ao mundo contemporâneo.

Mira disse...

Aí meu Deus!!! E agora, sou viciada em GOOGLE... Não acredito que isso diminua minha inteligência, pelo contrário, só absorvo mais informações. Mas é de se preocupar hein!?