Muito tenho visto nessas últimas semanas as pessoas se solidarizarem com as vítimas das fortes chuvas no Estado de Santa Catarina. Bato palmas pela boa vontade daqueles que ajudam quem tanto precisa, mas deixo meu protesto aos que praticam a bondade com um “toque” de hipocrisia, tentando se mostrar adequado.
Você deve estar se perguntando: “Que cara doido, falando mal de quem estende a mão em ajuda ao próximo”.
Não, não sou doido. Quem esta precisando de ajuda não se interessa pela má ou boa vontade de quem doa alimentos, roupas ou remédios. E nem deveria se preocupar com isso. Se alguém se dispôs a ajudá-lo, o mínimo que pode fazer é agradecer.
A minha crítica é para aquela pessoa que faz caridade e o altruísmo disfarçado, querendo aparecer para os vizinhos, para os amigos e para a sociedade como uma pessoa que se preocupa com o próximo. Mentira! Não se preocupa coisa nenhuma!
Muitos deles têm empregados dentro de casa recebendo “salário de fome” e tendo que comer a sobra do almoço. Muitos deles destratam e desviam seus olhares dos mendigos e pedintes. Muitos deles não respeitam as necessidades dos deficientes físicos ou mentais. Muitos deles jogam seus pais em asilos imundos e sem o mínimo de condições para cuidar dos seus ascendentes. Muitos deles usam trabalho escravo e mão de obra infantil em suas empresas.
Que eles continuem gastando seu farto dinheiro coagidos pela vergonha de não serem pessoas boas por natureza espiritual. Mas não espere que essas pessoas dividam o pão quando esse pão tornar-se sua única riqueza.
A solidariedade praticada pelo ser humano como um ritual, um hábito ou um dever, sempre terá seu lugar, porém, nunca terá o valor e a consistência dos atos de benevolência praticados por puro instinto e convicção.
Ajude sem esperar gratidão ou reconhecimento.
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